quinta-feira, 6 de maio de 2010

Perda Auditiva Condutiva?

O sistema auditivo é constituído pelas orelhas externa, média e interna e pelas vias
auditivas no sistema nervoso central. A membrana timpânica tem como função amplificar a
pressão sonora, permitindo uma amplificação de sons. A orelha média compreende a cavidade
timpânica composta pela membrana timpânica ( intermediária e interna), cadeia
ossicular com seus músculos e ligamentos, a tuba auditiva, o adito, o antro e as células
mastóideas. Conhecendo-se as estruturas das orelhas externa e média e sua fisiologia na
transmissão sonora, pode-se reconhecer o que alterações neste sistema trazem de prejuízos
para a função auditiva no ser humano, constituindo assim quadros clínicos diversos que cursam
com perdas auditivas condutivas.
A Perda Auditiva Condutiva ocorre quando as ondas sonoras são bloqueadas na orelha externa ou média e não conseguem chegar à orelha interna. Pessoas afetadas pela Perda Auditiva Condutiva experimentam uma redução geral do volume dos sons e têm dificuldade em ouvir sons fracos. A maioria das perdas condutivas não são permanentes e podem ser tratadas com medicamentos ou por cirurgias. Mas, se não forem tratadas podem ocasionar uma perda permanente.

Diagnóstico

Os testes da audição com diapasões podem ser realizados no consultório médico, mas a audição é mais adequadamente testada em uma câmara à prova de som por um fonoaudiólogo que utiliza um dispositivo eletrônico que emite sons em tons e volumes específicos. A audiometria mensura a audição de forma precisa com o auxílio de um dispositivo eletrônico (audiômetro) que produz sons em freqüências (tons puros) e volumes específicos. O limiar auditivo para uma variedade de tons é determinada através da redução do volume de cada tom até o indivíduo não conseguir mais ouvi-lo. Cada ouvido é testado separadamente. Para mensurar a audição por condução aérea são utilizados fones, de modo que o som tem que viajar através do ar para chegar ao ouvido. Uma perda auditiva ou um limiar auditivo subnormal pode indicar um problema em qualquer parte do aparelho auditivo (canal auditivo, ouvido médio, ouvido interno, nervo auditivo ou vias do nervo auditivo no cérebro).Para localizar o problema, utiliza-se um dispositivo que vibra aplicado contra o osso localizado atrás da orelha (processo mastóide). Como os tons altos apresentados a um ouvido também podem ser percebidos pelo outro, o tom do teste é mascarado pela apresentação de um som diferente, normalmente um ruído. Desta maneira, o indivíduo ouve o teste do tom apenas através do ouvido que está sendo testado.

A vibração propaga-se por todo o crânio, incluindo a cóclea óssea do ouvido interno. A cóclea contém células ciliadas que convertem as vibrações em impulsos nervosos, os quais são em seguida transmitidos ao longo do nervo auditivo. Este teste evita o ouvido externo e o ouvido médio e avalia apenas o ouvido interno, o nervo auditivo e as vias do nervo auditivo no cérebro. São utilizados diapasões com diversos tons (freqüências), pois alguns indivíduos conseguem ouvir sons de determinadas freqüências e não de outras.


Quando a audição por condução aérea está reduzida mas a audição por condução óssea está normal, a perda auditiva é condutiva. Quando a audição por condução aérea e a por condução óssea estão reduzidas, a perda auditiva é neurossensorial. Ocasionalmente, a perda auditiva é tanto condutiva quanto neurossensorial.

Algumas das Causas para a perda Auditiva Condutiva são:

Otite Média
  • Também chamada de infecção do ouvido médio.
  • A causa mais comum de Perda Auditiva Condutiva entre crianças.
  • O ouvido médio fica inflamado e é preenchido por um fluido, impedindo o tímpano de vibrar corretamente.
  • Inflamação pode ser resultado de um vírus ou infecção respiratória.
  • Sintomas incluem inchaço, vermelhidão, dor de ouvido, irritação, perda auditiva, febre e secreção do ouvido.
  • A maioria dos casos pode ser curada com antibióticos. Em alguns casos a inserção de tubos de ventilação pode ser necessária.

Otoesclerose
  • Otoesclerose é a causa mais comum de Perda Auditiva Condutiva em adultos.
  • Causada por falta de cálcio em volta do estribo (ossículo da orelha média), impossibilitando-o de vibrar e enviar os sinais sonoros à orelha média.
  • Mais de 90% das pessoas com otoesclerose pode recuperar a audição normal através de cirurgia.

Outras Causas

  • Bloqueio temporário(ex. alergias, infecções na orelha externa como rolha de cera, etc...)
  • Perfuração do tímpano
  • Fratura do osso da orelha média

terça-feira, 27 de abril de 2010

DIA 28 DE ABRIL: DIA INTERNACIONAL DA CONCIENTIZAÇÃO SOBRE O RUIDO



15º Dia Internacional da Conscientização Sobre o Ruído

O impacto do ruído na audição, saúde e qualidade de vida não pode ser questionado. Inúmeras peças da literatura técnica mostram em todo o mundo os perigos para a audição causados pela exposição repetida ao ruído. Numerosos estudos mostram que o ruído, junto com outros agentes causadores de stress, está relacionado com mudanças físicas e psicológicas negativas nos seres humanos. Os indivíduos e as comunidades não mais aceitam o ruído como um efeito colateral da sociedade industrializada.

Todos os anos, em abril, é celebrado o “Dia Internacional da Conscientização Sobre o Ruído”. Serão 60 segundos de silêncio, entre 14:25 e 14:26, para destacar o impacto do ruído nas nossas vidas cotidianas, proporcionando aos participantes uma pausa e uma oportunidade de conscientização sobre esse problema que atinge todos nós.

Junte-se a essa iniciativa e divulgue o International Noise Awareness Day (INAD) em sua comunidade: promova eventos na sua empresa, bairro ou escola e ajude-nos a fazer dele, um grande evento também aqui no Brasil.

Pare com esse barulho!

Fonte: SOBRAC - http://www.acustica.org.br/

sexta-feira, 23 de abril de 2010

A Tecnologia dos Aparelhos Auditivos


Os aparelhos auditivos se diferem pelo tipo e tecnologia.
Existem 4 tipos de aparelhos auditivos comuns à maioria dos fabricantes. Os quatro tipos ajudam nos casos de perdas leves até moderadas, mas se sua perda for mais severa, as opções podem ser mais limitadas. Enquanto o tamanho é a diferença mais evidente, cada tipo possui diferentes atributos que são importantes.
Os aparelhos auditivos retroauriculares (BTE), usados atrás da orelha, podem carregar tecnologia mais sofisticada e amplificadores mais potentes; um gancho que passa atrás da orelha com um molde que é colocado dentro do canal auditivo, podem ser de adaptação aberta ou fechada. Uma adaptação aberta garante que o ouvido seja ventilado e ajuda a evitar o superaquecimento ou o acúmulo de umidade no ouvido, além disso os retroauriculares são mais duráveis do que outros tipos e alguns são até à prova d'água. Contraste, os novos modelos menores, intra-auriculares (ITE) que abrigam componentes em uma cápsula personalizada que se encaixa dentro da porção externa da orelha. Os intracanais (ITC) são ainda menores, os quais tem a maior parte da cápsula encaixada dentro do canal auditivo e microcanais (CIC) é o tipo mais recente de aparelhos auditivos que se encaixam completamente no canal. Quase invisíveis, a única pista de sua existência é a ponta do fio de nylon pelo qual você remove o aparelho. Seu profissional de audição promoverá recomendações que estão baseadas em suas necessidades e em sua anatomia. Quanto menor o seu conduto auditivo, maior será o aparelho, pois ele precisa de espaço para montarem os componentes dentro.
Quanto a tecnologia os aparelhos auditivos podem ser analógicos ou digitais.

Os aparelhos auditivos analógicos são os que utilizam o processamento analógico do sinal, ou seja, utilizam a eletrônica convencional para converter o som, captado pelo microfone, em um sinal elétrico analógico. A tecnologia analógica foi a primeira a ser lançada no mercado de próteses auditivas. São regulados manualmente pelo fonoaudiólogo e a possibilidade de ajuste é menor.

Já o processamento digital foi a última inovação lançada no mercado de próteses auditivas, disponível no mercado desde 1996. Nesse tipo de sistema, o som é convertido em sinal digital e processado dessa forma, proporcionando uma qualidade sonora melhor e mais clara. Uma pessoa com perda auditiva pode ter dificuldade em ouvir sons fracos, mas ao mesmo tempo sentir desconforto quando alguns sons são amplificados. Os aparelhos auditivos com circuito digital são capazes de analisar os sons do ambiente e separar aqueles que precisam de amplificação daqueles que não precisam, existe uma possibilidade maior de ajuste ao som, o aparelho consegue analisar o som que entra e o diferencia em fala ou ruído.

Agora é passar com um médico Otorrinolaringologista para detectar qual é o seu tipo de perda auditiva e verificar qual tipo de aparelho se adapta melhor.

Na próxima postagem falaremos sobre as perdas auditivas.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

APARELHO DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL? POIS É SÃO AS PROTESES AUDITIVAS


Os primeiros aparelhos auditivos eram enormes trombetas em forma de chifre com uma parte larga e aberta em uma extremidade que detectava o som. A trombeta gradualmente diminuiu e se transformou em um fino tubo que canalizava o som dentro do ouvido.
O desenvolvimento do aparelho auditivo moderno não seria possível se não fosse pela contribuição de dois dos maiores inventores do final do século XIX e início do século XX. Alexander Graham Bell e Thomas Edison.
Na década de 20, tubos a vácuo foram introduzidos aos aparelhos auditivos, o que tornou a amplificação do som mais eficiente, mas enormes baterias ainda os tornavam incômodos.
O ano de 1952 anunciou a era dos aparelhos auditivos de transistor. A adição dessas simples chaves on/off finalmente possibilitou o advento de um aparelho auditivo menor. Os primeiros aparelhos auditivos com transistor foram projetados para se encaixar nas armações de óculos, logo após foram criados os de encaixar atrás da orelha.
No século XX, os aparelhos auditivos se tornaram digitais. A qualidade do som melhorou e se tornou mais ajustável.
No século XXI a tecnologia dos computadores foi possível tornou os aparelhos auditivos menores e ainda mais precisos, com ajustes para se acomodar a virtualmente todo tipo de ambiente auditivo.
Existem tipos diferentes de tecnologia dos aparelhos auditivos, mas essas serão discutidas mais tarde, em uma outra postagem.
abraços.
Daniela

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Tecnologias ajudam você a voltar a escutar, o Implante Coclear é uma delas!

O Implante Coclear é um dispositivo eletrônico, parcialmente implantado, que visa proporcionar aos seus usuários sensação auditiva próxima ao fisiológico. O IC é visto como uma boa opção aos portadores de surdez neurossensorial de severa a profunda que não têm condições de escutar e compreender a fala, ou mesmo que escutando alguns sons, essa sensação não é suficiente para o uso social ou profissional. Outro fator relevante à avaliação da possibilidade de realizar o IC é o uso prévio, sem resultados satisfatórios, de aparelhos auditivos clássicos.
O primeiro estudo sobre implantes cocleares teve seu início na França, em 1957. Desde então, a tecnologia de implantes cocleares evoluiu de um dispositivo com um único eletrodo (ou canal) para um sistema complexo, que transmite informações sonoras detalhadas através de até 22 eletrodos.
Mas não é qualquer pessoa que pode se utilizar dessa tecnologia porém não se preocupe, afinal existe ainda a tecnologia dos Aparelhos de Amplificação Sonora Individual (AASI), ou como são conhecidas: Proteses Auditivas.
Mas esse é um assunto que falaremos numa próxima postagem.
Até lá!!!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Implante Coclear, Você já ouviu falar?


A deficiência auditiva
atinge bebês, crianças, adolescentes,
adultos e idosos. De cada 1000 bebês
nascidos vivos, entre 10 a 12 nascem
om um tipo de deficiência auditiva.
A deficiência auditiva pode ser
classificada em: leve, moderada,
severa e profunda. De acordo com o grau,
existem diferentes tipos de intervenção,
variando desde um simples tratamento
até a adaptação de um Aparelho
de Amplificação Sonora Individual
ou Implante Coclear.
22 de maio de 2010
Auditório da UNISANTOS
Av. Carvalho de Mendonça, 144 - Vl. Mathias

Inscrições* e informações até dia 17.05:
(13) 3024.2402 ou
(13) 7804.0782 ID: 44*12516
www.arbopec.com.br/caoic
*1 kg de alimento não perecível.
.....


Olá pessoal,

Hoje vou aproveitar para divulgar o 2o. Forúm de Deficiência Auditiva e Implante Coclear.
Aos interessados entrar no site www.arbopec.com.br.

Para quem não sabe no Brasil o primeiro implante coclear foi realizado pelo otorrinolarrigologista Pedro Luiz Mangabeira Albernaz, em 1977.


Os Implantes cocleares estão se tornando rapidamente parte da clinica Otológica e Audiológica. A última década tornou possível a criação de novos processadores de fala com diferentes estratégias de codificação e , associado à melhora na qualidade e velocidade do sinal para transmissão, tornou o implante coclear de maior aceitação como método de reabilitação dos auditivamente comprometidos.

Na Próxima postagem colocarei um pouco mais sobre os implantes cocleares.

Daniela Soares de Brito